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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dica do dia:



Se fores paciente em um momento de ira, escaparás a cem dias de tristeza.
Provérbio Chinês
Fonte de imagem: Internet Google

Tocar uma flor sem incomodar as estrelas ...


Quando o poeta inglês Francis Thompson escreveu:
 
"Por um poder imortal, todas as coisas, perto ou distante, ocultamente estão ligadas entre  si. E tão ligadas estão, que não se pode tocar uma flor sem incomodar as estrelas", muitos pensaram não se tratar de uma frase inspirada.
O físico J S Bell propôs um teorema, em 1964 cuja confirmação ocorreu em 1972 e tem sido confirmado por séries de experiências sequentes. 
A comprovada teoria de Bell afirma:
"Se uma molécula for dividida de tal forma que os elétrons se separem e depois o spin de um elétron for alterado, os spins dos outros elétrons que originalmente estavam unidos a eles vão corresponder-se imediatamente, não importa a que distância esteja um do outro".
O teorema de Bell confirma que há uma conexão entre você, tudo e todos no mundo.

Portanto, somos mais responsáveis do que pensávamos por nossos pensamentos e palavras.

Compilação de Alkindar

Para aqueles que não podem ver...



Aquela parecia ser apenas mais uma cerimônia de formatura de grau superior.
Muitas pessoas reunidas para celebrar a conquista de seus amores. Nomes gritados com empolgação. Convenções ritualísticas antigas, enfim, tudo que sempre se encontra nessas celebrações.
Excelentíssimos, ilustríssimos, discentes, docentes, todos estavam lá.
Os formandos, um a um, desciam de suas cadeiras organizadas em fileiras atrás da mesa principal. A cada nome, ouvia-se uma pequena algazarra de dez, quinze, vinte pessoas, homenageando aquele jovem, em meio ao grande público, que só prestava atenção quando ouvia o nome do formando que estavam prestigiando.
Seguia o cerimonial. Mais um nome chamado e um silêncio profundo.
A formanda demorou um pouco mais para chegar à mesa de autoridades. E o fez com o apoio de um auxiliar da empresa organizadora do evento.
Ela recebeu o diploma simbólico e o público, que até agora apenas esperava o momento de felicitar seus parentes, iniciou uma demorada salva de palmas.
As pessoas estavam surpresas: uma jovem com deficiência visual recebendo o grau de pedagoga das mãos do representante da universidade.
Pensamentos ganharam os ares do anfiteatro. Os mais objetivos e práticos pensavam: Como ela conseguiu? Como conseguiu estudar? Como fazia as provas?
Outros, cépticos e insensíveis, com a ideia de que ninguém consegue sucesso por merecimento próprio, pensavam: Ela deve ter recebido ajuda dos professores, que se apiedaram de sua condição. Ou devem ter facilitado sua vida para que ela pudesse conseguir.
Muitos estavam simplesmente com uma expressão de admiração em suas faces. Sensibilizados, compreendiam que aquilo era possível: uma deficiente visual se formar na universidade.
Sua comemoração, com o diploma nas mãos, foi vibrante, digna de uma autêntica vencedora.
Prosseguiu a cerimônia, iniciando-se as homenagens. Na homenagem a Deus, lá estava ela novamente, levantando-se e sendo guiada até o púlpito.
Havia um brilho especial em sua face. Uma alegria radiante vinda de um Espírito que enxergava melhor do que todos aqueles que estavam ali, que viam apenas com o sentido da visão.
Sua homenagem a Deus foi emocionante e singela.
Seus dedos passavam suavemente sobre os pequenos pontos em relevo da folha de discurso, pontos criados por um outro jovem, o francês Luís Braille, no século dezenove, e que se tornaram uma das janelas de acesso ao mundo para os deficientes visuais.
Suas palavras eram claras, sua dicção perfeita e sua mensagem divina. Ela agradecia a Deus por estar ao seu lado naquela conquista. Seu coração mostrava ao mundo o verdadeiro amor ao Criador, através de sua resignação e perseverança na existência.
Ela dizia, para aqueles que não podem ver, que tudo é possível se persistirem, se lutarem e não desanimarem.
E, sem palavras, apenas com sua presença, dizia que há muito mais beleza neste mundo do que podemos imaginar, e que sonhar sempre será preciso.
Ela dizia isso para aqueles que ali estavam e que ainda não haviam aprendido realmente a ver.
Redação do Momento Espírita
Fonte da imagem: Internet Google
 

Servindo-nos da experiência...

 
A expectativa da vida humana tem crescido. Fala-se, na atualidade, de setenta anos para o homem e setenta e cinco para a mulher.
Se a economia se preocupa com valores previdenciários, se a medicina providencia recursos adequados para as possíveis dificuldades que surjam, no decurso dos anos, é de nos questionarmos o que a sociedade, em geral, tem feito a respeito.
Estamos nos preocupando com o aumento de tantos idosos circulando em nossa cidade? Estão sendo providenciadas melhores vias de acesso, que lhes permitam andar com maior segurança pelas ruas, sem estarem sujeitos a tropeçarem em passeios improvisados, lajotas soltas ou escorregadias?
E, afinal, o que temos lhes reservado para esses tantos anos a mais que estarão conosco?
Qualidade de vida tem a ver com afeto, atenção, sentir-se útil, capaz de contribuir com o mundo. Alguém valorizado pela sua experiência, pela sua cultura.
Foi pensando nessa bagagem cultural e nas tantas horas ociosas, que uma escola de inglês, no Brasil, teve uma ideia brilhante.
O projeto promove o intercâmbio entre estudantes da língua inglesa, em nosso país, com idosos americanos, que buscam alguém para conversar.
Entre eles, apenas uma ferramenta de videochat, que permite a comunicação à distância, pela internet.
O projeto piloto foi realizado com a participação de trinta alunos do nível avançado e doze idosos de uma Casa de Repouso, em Chicago.
A troca de experiências entre eles estabelece um relacionamento que ultrapassa as barreiras geográficas e de linguagem, agregando valor à vida dos participantes.
A conversa é gravada para avaliação dos professores, mas o que é maravilhoso é o relacionamento criado.
Os idosos se preparam, vestem-se bem, penteiam-se para o momento do diálogo virtual.
Todos muito bem humorados, falam a respeito de suas vidas, mostram fotos de quando eram jovens. Um dos senhores diz a um jovem brasileiro que se sente com vinte e cinco anos, embora tenha quase setenta.
Um adolescente conta que queria viajar para uma determinada localidade mas a mãe não o deixou.
Você tem uma boa mãe. – Foi a resposta do americano.
Uma senhora, emocionada, exclama: Você é minha nova neta!
Uma aluna conta quantos anos tem seu irmão. Com delicadeza, a mulher, que a ouve, sugere a forma correta de formular aquela frase.
Uma excelente troca de experiências. Idosos sentindo-se úteis, ensinando a jovens estrangeiros. Jovens que se sentem felizes em dialogar com pessoas de cultura diferente.
E, além de tudo, uma dose de amizade, afeto, que se cria. Um dos rapazes oferece a sua casa para hospedar aquele velho senhor com quem dialoga, caso ele decida visitar o Brasil.
Outro, abraça o computador, dizendo: Vai aí um grande abraço. E é correspondido.
Com certeza, mais do que alunos melhores, pessoas melhores estão sendo forjadas nessa salutar experiência.
Um exemplo a ser pensado e imitado. Quantas coisas maravilhosas têm nossos velhos para nos oferecer?
 
Redação do Momento Espírita, com base no vídeo
Speaking Exchange, da Escola CNA, de São Paulo
Fonte da imagem: Internet Google.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Pensamento do dia:


Se isso é tudo o que você pode fazer, isso é o melhor a ser feito.
Para cada problema existe uma solução. Para cada solução, o seu jeito.
Marla de Queiroz

Fonte da imagem: Internet Google

Oração Nossa...

 
 
Senhor,

ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,

a dar sem olhar a quem,

a servir sem perguntar até quando,

a sofrer sem magoar seja a quem for,

a progredir sem perder a simplicidade,

a semear o bem sem pensar nos resultados,

a desculpar sem condições,

a marchar para a frente sem contar os obstáculos,

a ver sem malícia,

a escutar sem corromper os assuntos,

a falar sem ferir,

a compreender o próximo sem exigir entendimento,

a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever

sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor,

fortalece em nós a paciência para com as dificuldades

dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros

para com as nossas próprias dificuldades.

Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo

que não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa

felicidade mais alta será invariavelmente

aquela de cumprir os desígnios, onde e

como queiras, hoje, agora e sempre.

Para Viver Bem ...



O barro modelado por hábeis mãos, transforma-se em rude material pisoteado por todos.

Transforma-se, também, em belos utensílios e objetos de adorno colocados em local de destaque nos lares, para que todos possam observá-los em sua beleza.

Assim é a mente do homem de simples origem.

Pode sair da posição em que se encontra através do seu pensar e com as ferramentas que possui dentro de si

Pode, com fé, pensamento positivo e determinação alçar posições de destaque no mundo.

Tudo é possível aquele que crê.

Humberto Pazian. Para viver bem... página 122.Letras & Textos Editora
Fonte da imagem: Internet Google

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Dicas para levar uma vida bacana:

 
Fonte: Internet Google

Pensamento do dia:



''Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último pra esquecer tolices. O último para ignorar o que, no fim das contas, não tem a menor importância. O último para rir até o coração dançar. O último para chorar toda dor que não transbordou e virou nódoa no tecido da vida. O último para deixar o coração aprontar todas as artes que quiser. O último para ser útil em toda circunstância que me for possível. O último para não deixar o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.''
Ana Jácomo
Fonte de imagem: Internet Google

NÃO VALE A PENA...

 
Antônio Sampaio Júnior, valoroso tarefeiro do Centro Espírita “Regeneração”, do Rio de Janeiro, era humilde servidor num escritório.
Zeloso, correto, madrugador.
Certa feita, mal havia espanado os móveis pela manhã, para sentar-se à máquina de escrever, foi procurado por amigo situado no comércio do Rio.
– Sampaio – disse o visitante, sem rebuços -, sei que você é espírita e esfalfa-se, há muito tempo, enfrentando dificuldades. Quanto você ganha mensalmente?
- Quatrocentos reais.
O homem fez um gesto irônico e observou:
– Não vale a pena.
E prosseguiu:
– Não ignoro que você tem deveres de caridade na instituição que freqüenta, socorrendo órfãos e amparando viúvas… Como é que você arranja numerário para esse fim?
- Gasto o que posso, e, quando a despesa ultrapassa os recursos, tenho amigos… Faço listas, apelos…
- Não vale a pena. Estou informado de que você visita os infortunados nos morros, às vezes com sacrifício da própria saúde… Aproveita decerto o carro de alguém…
- Não disponho dessa facilidade. Temos bonde à porta e, depois do bonde, faz sempre bem uma caminhada a pé…
- Não vale a pena. Disseram-me – continuou o homem – que você, às vezes, passa noites à cabeceira de enfermos… Naturalmente, o diretor faz concessões… Boa cama no dia seguinte, ponto facultativo…
- Não é bem assim – falou Sampaio, humilde -, nem sempre posso visitar os doentes, mas se faço, meu dia de serviço core normal…
O amigo meteu a mão no bolso interno, trouxe à luz um documento e abriu-se, por fim:
- Pois é, Sampaio, admirando você como sempre, resolvi auxiliá-lo de vez. É tempo de você melhorar. Preciso de um sócio para um negócio da China… Três milhões de Reais. Você assina comigo a papelada e acompanharei todo o assunto… Gastaremos talvez cinqüenta mil reais na tramitação do processo… É um navio velho que vamos desencravar… Tudo pronto, você e eu ficaremos provavelmente com mais de um milhão cada um. Basta só que você assine…
Sampaio, sem desejar ofender, perguntou:
– Creio na lisura da iniciativa, mas há algum inconveniente a considerar?
-Bem, o assunto envolve alguns interesses de repartições públicas, mas temos noventa e nove probabilidades a nosso favor…
- E se falharem as noventa e nove?…
- Ah! Se vier o contra – informou o amigo, evidentemente desapontado,  – teremos entrevista no Distrito Policial.
Sampaio, sem perder a serenidade, falou simples:
– Não vale a pena.
E recomeçou a espanar.
 
Chico Xavier (Médium) Hilário Silva (Espírito)
Fonte da imagem: Internet Google

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pensamento do dia:



"Esperar pelo tempo das coisas é um aprendizado necessário. O rio tem seu remanso. Quando apressado, ele faz desastres".
Pe. Fabio de Melo
Fonte da  imagem: Internet Google

Crer em Deus...

Alguns de nós cremos em Deus, por simples atavismo religioso. Assim nos ensinaram nossos pais. Deus existe e tudo criou.
Outros cremos porque a razão nos diz que não pode haver tanta harmonia, beleza e sincronia em todo o universo, sem algo ou alguém que a tudo presida.
O professor Cressie Morrisson afirma que ele crê em Deus por vários motivos. Um deles é o equilíbrio que existe no ecossistema.
Diz ele: Sabemos que os insetos respiram através de tubos. Na medida em que os insetos crescem, os tubos não crescem, o que faz com que eles morram, por falta de ar.
Assim acontece com a cigarra. Ela não morre de cantar, mesmo porque o barulho que identificamos como seu canto, se trata do ruído que ela produz atritando as patas. Quando ela cresce, os tubos não lhe dão o ar necessário e ela morre.
Se os insetos crescessem e, com eles, crescessem os tubos, poderíamos ter formigas do tamanho de elefantes e pulgas com corpos de rinocerontes, tornando impossível a vida, na face da Terra.
E, continua o professor, alguém pensou em elaborada lei para manter o equilíbrio na natureza. Uma lei que funcionou bem na Austrália, há alguns anos.
Naquele país, os ventos impediam a agricultura e teve-se a ideia de criar sebes, para proteger a semeadura nascente. Assim, passaram a cultivar uma espécie de cacto.
Logo, por não terem inimigo natural, eles ocupavam uma área maior do que o território do império britânico.
Usaram todos os métodos possíveis e nada acabava com os cactos, que continuavam a proliferar, sem medida. Os ventos carregavam o pólen.
Reuniram-se os entomologistas na capital australiana e chegaram à conclusão de que deveriam procurar um inseto que se alimentasse de cactos e que fosse excelente reprodutor.
O pequeno animal foi descoberto no Nordeste brasileiro e exportado, em quantidade, para a Austrália.
Pouco depois, os entomologistas novamente se preocuparam. Os cactos estavam desaparecendo. Mas, e os besouros? Não se tornariam uma praga no país?
Foi aí que a sábia lei do equilíbrio entrou em ação, estabelecendo cactos para besouros e besouros para cactos.
Por isso, diz Cressie Morrisson, eu creio em Deus.
David, no capítulo XVIII dos Salmos canta: Os céus proclamam a glória de Deus e o universo fala da obra das Suas mãos.
E o telescópio Hubble nos permite ver até um bilhão de estrelas, apenas na nossa galáxia. Cada qual com seu brilho especial.
Nosso sol, uma estrela de quinta grandeza, avança pelo infinito, com seus planetas, em uma jornada interminável, pelo universo.
Ante tanta grandeza, não se pode senão crer nesse Deus, sábio, inteligência suprema, que tudo criou, estabelecendo leis perfeitas, que zelam pela harmonia e beleza de todo o universo.
*   *   *
Um pai humano, mesmo que destituído de sentimentos superiores, providencia o pão, o agasalho, o medicamento, o socorro para o filho, planejando-lhe a felicidade.
O Pai Celestial, muito mais sábio e generoso, brinda todos os tesouros imagináveis aos Seus filhos.
Na Sua magnanimidade, enche de luzes o espaço infinito e, com a mesma grandeza, veste a singela flor do campo das cores mais suaves aos tons mais vibrantes.
 
Redação do Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco, Porque creio em Deus e no cap. 6, do livro Lições para a felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL
Fonte da imagem: Internet Google.

O MÉDICO E O FISCAL...


- Se possível, acelere um pouco a marcha.
Era o abnegado médico espírita, Dr. Militão Pacheco, que rogava ao amigo que o conduzia por gentileza.
E acrescentava:
- O caso é crupe.
O companheiro ao volante aumentou a velocidade, mas, daí a momentos, um fiscal apitou.
O carro atendeu com dificuldade e, talvez por isso, a motocicleta do guarda sofreu pequeno choque sem conseqüências.
O policial, porém, não estava num dia feliz e o Dr. Pacheco com o amigo receberam uma saraivada de palavrões.
Notando que não reagiam, o funcionário fez-se mais duro e declarou que não se conformava simplesmente com a multa.
Os infratores estavam detidos.
O Dr. Pacheco deu-lhe razão e informou que realmente seguiam com pressa para socorrer um menino sem recursos, rogando, humilde, para que a entrevista com a autoridade superior fosse adiada.
- Se o senhor é médico – disse o interlocutor, com ironia -, deve proceder disciplinadamente, sem sair do regulamento. Para ser franco, se eu pudesse, meteria os dois, agora, no xadrez.
Embora o amigo estivesse rubro de indignação, o Dr. Pacheco, benevolente, fez uma proposta.
O guarda deixaria, por alguns instantes, o veículo, e seguiria com eles no carro, mantendo vigilância.
Depois do socorro ao doentinho, segui-lo-iam para onde quisesse.
Havia tanta humildade na súplica, que o fiscal concordou, conquanto repetisse asperamente os insultos.
- Aceito – exclamou -, e verificarei por mim mesmo. Ando saturado de vigaristas. E creiam que, se estão agindo com mentira, hoje dormirão no Distrito.
A motocicleta foi confiada a um colega de serviço e o homem entrou, seguindo em silêncio.
Rua aqui, esquina acolá, dentro em pouco o carro atingiu modesta residência na Lapa, em S. Paulo.
Os três entram por grande portão e caminham até encontrar esburacado casebre nos fundos.
Mas, ao ver o menino torturado de aflição nos braços de infeliz mulher, o bravo fiscal, com grande assombro dos circunstantes, ficou pálido e com os olhos rasos de água.

O petiz agonizante e a jovem senhora sem recursos eram o seu próprio filhinho e a sua própria esposa que ele havia abandonado dois anos antes…


Waldo Vieira (médium)
 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Recado do dia:

Filho ... Quantas vezes te vi chorando e te consolei ... Quantas vezes te vi caído e te levantei ... Quantas vezes te vi fraco e te fortaleci ... Quantas vezes te vi sozinho e te visitei ... Quantas vezes te vi triste e te alegrei... quantas vezes te vi em perigo e te socorri , por isto não temas ... Eu sou contigo ... Sou Jesus ... Teu fiel amigo..
 

Autoria Desconhecida
Fonte da imagem: Internet Google

Não perdoar...



Bezerra de Menezes, já devotado à Doutrina Espírita, almoçava, certa feita, em casa de Quintino Bocaiúva, o grande republicano, e o assunto era o Espiritismo, pelo qual o distinto jornalista passara a interessar-se.
Em meio da conversa, aproxima-se um serviçal e comunica ao dono da casa:
- Doutor, o rapaz do acidente está aí com um policial.
Quintino, que fora surpreendido no gabinete de trabalho com um tiro de raspão, que, por pouco, não lhe atingiu a cabeça, estava indignado com o servidor que inadvertidamente fizera o disparo.
- Manda-o entrar – ordenou o político.
- Doutor – roga o moço preso, em lágrimas -, perdoe o meu erro! Sou pai de dois filhos…                
Compadeça-se! Não tinha qualquer má intenção… Se o senhor me processar, que será de mim? Sua desculpa me livrará! Prometo não mais brincar com armas de fogo! Mudarei de bairro, não incomodarei o senhor…
O notável político, cioso da própria tranqüilidade, respondeu:
- De modo algum. Mesmo que o seu ato tenha sido de mera imprudência, não ficará sem punição.
Percebendo que Bezerra se sentia mal, vendo-o assim encolerizado, considerou, à guisa de resposta indireta:
- Bezerra, eu não perdôo, definitivamente não perdôo…
Chamado nominalmente à questão, o amigo exclamou desapontado:
- Ah! você não perdoa!
Sentindo-se intimamente desaprovado, Quintino falou, irritado:
- Não perdôo erro. E você acha que estou fora do meu direito?
O Dr. Bezerra cruzou os braços com humildade e respondeu:
- Meu amigo, você tem plenamente o direito de não perdoar, contanto que você não erre…
A observação penetrou Quintino como um raio.
O grande político tomou um lenço, enxugou o suor que lhe caía em bagas, tornou à cor natural, e, após refletir alguns momentos, disse ao policial:
Solte o homem. O caso está liquidado.
E para o moço que mostrava profundo agradecimento:
- Volte ao serviço hoje mesmo, e ajude na copa.
Em seguida, lançou inteligente olhar para Bezerra, e continuou a conversação no ponto em que haviam ficado.

Chico Xavier e Waldo Vieira (médiuns)
Hilário Silva (espírito)

Fonte da imagem: Internet Google

Um siri vai lhe trazer alegria...

 
 
Sempre que o mundo desabava sobre minha cabeça, eu ia andar pela praia, próximo de onde morava.

Um dia encontrei uma bela garotinha de olhos tão azuis quanto o mar, construindo um castelo de areia ou algo parecido.

Oi, disse ela.

Eu respondi com um aceno de cabeça, não estava com humor para me aborrecer com uma criança.

Você quer me ajudar a construir meu castelo?

Hoje não. Falei pouco atencioso.

Eu gosto de sentir a areia em meus dedos do pé, ela falou sorridente.

Que boa ideia, pensei, e tirei meus sapatos. Um siri deslizou próximo.

Isto é um alegria, falou a criança.

É um o quê? Perguntei.

Isto é um alegria, livre pela praia.

Adeus alegria, olá dor, murmurei comigo mesmo e continuei a caminhar.

Eu estava deprimido, mas a menina não desistia e perguntou: Qual é o seu nome?

Eu sou Robert Peterson, respondi.

O meu é Wendy... Eu tenho seis anos.

Oi, Wendy.

Apesar de minha melancolia fui obrigado a rir e continuei caminhando.

Sua risadinha musical me seguiu.

Venha novamente, Sr. P., disse ela, animada.

Nós teremos outro dia feliz.

Meus dias foram atribulados e somente semanas depois é que voltei à praia.

A brisa era fria, mas eu andava a passos largos, tentando readquirir serenidade.

Tinha até me esquecido da criança, quando ela apareceu.

Oi, Sr. P., você quer brincar?

Não sei, que tal charadas? Perguntei sarcasticamente.

Eu não sei o que é isto, falou a menina.

Então me deixe continuar a caminhada.

Onde você mora? Perguntei-lhe.

Ali. Ela respondeu apontando na direção de uma fila de cabanas de verão.

Como você vai para a escola?

Eu não vou à escola. 
A mamãe disse que nós estamos de férias.

Ela tagarelou e quando eu ia voltar para casa, Wendy disse que tinha sido outro dia feliz. 
E havia sido mesmo.

Três semanas mais tarde, eu andava apressado pela praia, quase em pânico, quando a garota me alcançou.

Olhe, se você não se importa, hoje eu quero andar sozinho.

Ela me pareceu pálida e sem fôlego.

Por que? Ela perguntou.

Porque minha mãe morreu! Gritei.

Oh, então este é um dia ruim, falou a menina com ar de tristeza.

Sim, eu disse, e ontem e anteontem também. Vá embora!

Um mês depois disso, fui andar novamente na praia, mas ela não estava lá.

Sentindo-me culpado e admitindo para mim mesmo que sentia falta dela, subi até a cabana, e bati na porta.

Uma mulher jovem atendeu.

Olá, eu sou Robert Peterson.

Senti a falta de sua pequena menina e gostaria de saber se ela está bem.

Oh, sim, Sr. Peterson, entre, por favor.

Wendy falou muito a respeito do senhor.

Eu tinha receio que ela estivesse lhe aborrecendo.

Se ela foi um incômodo, por favor, aceite minhas desculpas.

Não, sua filha é uma criança muito amável. Onde está ela?

Wendy morreu na semana passada, Sr. Peterson. 
Ela tinha leucemia. 
Talvez não tenha lhe contado...

A notícia me deixou cego e mudo, por alguns instantes...

E a mãe continuou: Ela adorava esta praia e parecia um tanto melhor aqui. Aqui teve muito do que ela chamava de "dias felizes".

Mas nos últimos dias, ela piorou rapidamente...

Minha filha deixou algo para o senhor...

Entregou-me um envelope, com Sr. P. escrito em grandes letras infantis.

Dentro havia um desenho - uma praia amarela, um mar azul, e um siri marrom. 
Embaixo estava escrito: 
um siri vai lhe trazer alegria.

Lágrimas rolaram de meus olhos e um coração que quase esqueceu de amar abriu-se largamente.

Tomei a mãe de Wendy em meus braços e murmurei repetidas vezes: 
Eu sinto muito, sinto muito!

O pequeno e precioso desenho está agora emoldurado e pendurado em meu escritório.

Seis palavras - uma para cada ano de sua vida - me falam de harmonia, coragem, amor e desinteresse.


Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.
Fonte da imagem: Internet Google