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Quando
Ava descobriu que estava grávida, teve um choque. Havia tomado as
precauções necessárias, mas alguma coisa não tinha saído como planejado.
Era
muito jovem. Pensou nos planos que havia construído para o futuro, nas
viagens que queria fazer, nos cursos, no emprego dos seus sonhos. Nada
disso seria possível se ela tivesse que se dedicar à maternidade.
Ela acreditava que para realizar o que tanto almejava não seria possível constituir uma família.
A ideia de ter um filho era assustadora e inaceitável. Decidiu-se pelo abortamento.
Não
contou a ninguém. Simplesmente comunicou a decisão ao namorado, que se
mostrou bastante aliviado. Também ele não queria filhos.
Apesar
de ser cristã e ter consciência de que estava prestes a cometer um
crime que violava leis humanas e Divinas, não voltou atrás. O pavor que
sentia era mais forte que sua crença.
Em silêncio, procurou uma clínica e se submeteu a um procedimento que interrompeu a gravidez.
Os
anos se passaram. Ava estudou, se formou, viajou, construiu a tão
sonhada carreira. Mas não foi feliz. O remorso a acompanhava todo o
tempo. Quando via uma mãe com um filho, pensava naquele que impedira de
nascer.
E assim foi criando em si um sentimento destrutivo, potencializado pela ação de outros pensamentos negativos.
A
vida trouxe muitos reveses e Ava, sob o peso dos erros, da culpa, da
invigilância, do afastamento do bem, da falta de oração, deixou-se
envolver em uma negatividade aflitiva e crescente.
Uma
noite, angustiada e pensando em tirar a própria vida, ouviu pelo rádio
uma mensagem, que parecia ter sido escrita e ditada para ela.
Aquelas
palavras falavam de amor, perdão e autoperdão. Uma frase, em
particular, a fez parar o carro e colocar para fora, aos prantos, toda a
culpa, dor e medo que sentia. Dizia a mensagem:
Tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobre uma multidão de pecados.
As
palavras do Apóstolo Pedro se aninharam em seu íntimo e Ava percebeu
que, mesmo sendo impossível voltar no tempo e reverter o erro, ela
poderia mudar a forma como vinha agindo e pensando, compensando todo o
mal causado, com amor sincero, verdadeiro e desinteressado aos que
sofriam.
Buscou ajuda fraterna em uma Casa Espírita. Foi aconselhada e orientada. Iniciou estudos e trabalhos voluntários.
Passou a dedicar a maior parte de seu tempo a ajudar o próximo.
Orava sempre, com fervor, e pedia forças a Deus. Lutava para erradicar seus defeitos e fortalecer suas qualidades.
Compreendeu
a necessidade de perdoar todas as pessoas que a tinham magoado e pedir
perdão àquelas que tinha ofendido, agredido, magoado, nesta e em outras
existências.
E assim foi-se processando em Ava uma transformação.
Movida
pelo amor, pela fé em Deus e em Seu amor, pela vontade de ser alguém
melhor, tornou-se uma pessoa mais equilibrada, mais forte.
Sabia
que seu erro havia sido grave e que responderia por ele. Mas também
sabia que Deus a amparava e inspirava a buscar o melhor em si,
aperfeiçoando-se e transformando-se a cada dia.
Pensemos nisso: nenhum erro é irreparável, contudo, cabe-nos zelar para não incidir na mesma falta.
Redação do Momento Espírita.
Fonte da imagem: Internet Google

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